Um pouco sobre uma bipolar
- Mari Borges
- 25 de mar. de 2017
- 2 min de leitura
Atualizado: 4 de jan. de 2021
Atualmente tenho 22 anos, sou diagnosticada com Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) desde 19 de novembro de 2018, quando eu passei pela primeira consulta psiquiátrica. Vou falar mais sobre como suspeitei que eu tinha o TAB, como procurei ajuda, como foram as consultas, entre outras coisas, em próximas publicações. O TAB não define quem eu sou, então, vamos às coisas que façam com que me conheçam um pouco melhor… Desde pequena tive um senso de humor considerável e sempre fui muito emotiva, ainda continuo como quando eu era pequena. Naquela época, quando eu estava feliz, eu estava muito feliz e quando eu estava triste, eu estava muito triste. Quando eu me irritava, perdia o controle facilmente, desde muito pequena. Fui uma criança bem energética e esperta, mas no ensino fundamental, principalmente nos últimos dois anos deste período, minha mãe começou a perceber que eu tinha uma dificuldade de aprendizado. Então, ela buscou ajuda de um neurologista. Ele diagnosticou que eu possuía Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Desde então eu tomo medicamento para este transtorno e, infelizmente, não consigo ficar sem. Graças ao primeiro remédio, a Ritalina, meu rendimento escolar melhorou consideravelmente, tomei por 2 anos. Então, mudei para outro medicamento, o Venvanse, que me adaptei muito melhor e tornou meu rendimento escolar ficou muito bom. Estou tomando esta medicação faz um pouco mais de 5 anos, já tentei mudar para uma mais barata, mas não consigo me adaptar.
Com o meu rendimento escolar se tornando melhor, consegui passar em um vestibular de uma universidade pública aqui na minha cidade. Quando eu era pequena, eu pensava que jamais conseguiria entrar numa faculdade, porque eu não focava em nada, não conseguia ler. Hoje, estou no último semestre do curso de Engenharia Civil, na Universidade Estadual de Maringá. Confesso que até hoje eu não acredito onde eu já consegui chegar, achava que jamais ia sair do mesmo lugar. Sou totalmente grata.
Ainda vou falar especificadamente de cada fase da minha vida e de cada experiência que tive com o TAB e também com o TDAH. Estou iniciando esse blog por três motivos: 1- Eu gosto muito de escrever, é como se fosse uma terapia para mim, inclusive, já tive um blog antes; 2- Quero ajudar quem está enfrentando o TAB e não encontra relatos na internet, além de ajudar as pessoas que convivem com um bipolar; 3- Quero deixar registrado sobre como me sinto, como eu vejo o mundo, para que um dia as pessoas consigam entender um pouco mais sobre mim.
Quero deixar bem claro que eu não tenho formação em nada na área da saúde e não estou aqui para diagnosticar ninguém, eu quero que as pessoas que têm bipolaridade tenham uma amiga que vive experiências parecidas e quero que as pessoas que suspeitam que têm a doença busquem ajuda médica. Minha qualidade de vida melhorou muito, eu quero que a de vocês e das pessoas que amam mude também.
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